Você, amor

Por quantos domingos eu terei de passar até encontrá-lo? Quantas bocas terei de beijar até saborear o satisfatório gosto eloqüente que outra boca jamais poderá igualar-se ao mesmo? Quantas quotidianas noites terão de passar seqüencialmente até descobrir o toque primordial? Que ar é esse fortalecedor que eu tanto tenho intuito de sentir como obrigação imprescindível querendo preencher o que me falta? Por quanto eu devo caminhar? E o quanto eu ainda vou sangrar? A imperfeição hoje em dia torna-se cada vez mais fútil e inútil, comum. Os seres humanos aparentam prazer em machucar nós crentes do sentimento genuíno, imaculado, mero (amor). E essa dor penetra efusivamente o buraco mais profundo causando com impacto feridas extensas. Mas sendo integramente sincera com vós, todos nós passaremos por isso.

Se tu ainda não passaste, aguarde o mais tardar tu passará, infelizmente.

Intimamente dizendo-os, tenho desejo insano de conhecer o sabor adorável do amor respeitoso correspondido. Apetecer do mais aconchegante abraço alheio, de sentir os batimentos acelerados, nervosos, inquietos e o corpo absolutamente trêmulo com o suave toque do mesmo. Transpor tudo o que for de beleza natural, matar a cede eminente desse amor. Eu quero encontrar; a estrada é extensa. Não sei quantas ruas, e lombadas terão de suceder, quantas feridas ainda tenho que cicatrizar quanto “adeus” eu terei de dar, quantas vidas terei de deixar, quantas histórias eu vou marcar. De nada eu tenho certeza, apenas dúvidas. Manterei me firme nos meus objetivos. A espera do dito ao iniciar o texto, me deparar com o tal e abraçar seguramente a pureza de sentir. Por você amor, eu aguardo, toda vida.